Não se pode separar arte de design, pelo simples fato de que o design é a “arte aplicada”, onde a uma forma atrela-se uma função.
O que se pode fazer é tratar das interações entre uma peça de arte e suas possíveis funções e que idéias esta pode nos oferecer. Um exemplo interessante é o da exposição que ocorreu no museu Victoria&Albert em Londres, onde uma banheira em forma de barco garante um design rico em informação.
Já o artista e designer Rico Lins, que expõe esse mês no Espaço da CAIXA em São Paulo numa motra que destaca “diferenças” entre arte e design, afirma: “Quando um selo vira cartaz ou um cartaz vira um selo, não é só o tamanho ou a função que se modificam, mas, sobretudo, sua relação com o espectador”.
Os teóricos Gabriela Mager e Alberto Cipiniuk classificam o design entre elitizado e massificado baseado nos estudos sociais de Pierre Bourdieu, apontando limites hierarquicos para o design.
Duchamp, ao expor um mictório como uma peça de arte em uma galeria, acentua de forma plena a dualidade existente entre peça de Arte e peça de Design. Andy Warhol faz o mesmo quando leva à galeria de arte suas serigrafias das sopas Campbell, Coca-Cola, entre outros. Seria então uma peça de design uma obra de arte?